sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Meu nome não é Johnny

Meu nome não é Johnny. Por mais que eu queira, meu nome não é Johnny.
Meu nome não é Alice. Por mais que minha memória me traia, o espelho sempre irá me fazer lembrar... lembrar que meu nome não é Joana.
Lá estarão as marcas, as marcas que Lúcia não tem, pois meu nome não é Lúcia. As cicatrizes no meu rosto. A marca de cada caminho, de cada destino. Minhas lembranças.
Meu nome não é Antônio. Por mais que eu queira, meu nome não é Antônio.
Minhas escolhas, minhas decisões. Decisões que Denise não tomou, pois meu nome não é Denise.
Em cada consequência, em cada vulto do passado. Júlia não está lá, pois meu nome não é Júlia.
Não há como fugir. As evidências não me deixam.
Por mais que eu queira, meu nome não é Johnny.
É possível se trair consigo mesma?

2 comentários:

  1. Dry, eu estou emocionada. É sério, ñ estou te zuando. Isso é de um alcance poético tão enorme, que eu fico pensando se vc ñ tem um Drummond de Andrade perdido nos sobrenomes da sua família. É tão delicado, e ao msmo tempo é tão forte... É mt lindo..

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  2. Gabi! Mtu obrigada, mas q isso!

    Não chego nem aos pés..

    Quem sabe daqui a alguns séculos de treinamento.

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