domingo, 9 de outubro de 2011

Renato.

 Renato Russo, líder da Legião Urbana e o homem mais inteligente e sinsível que já vi. Eu não o conheci, claro, mas a partir das histórias e de tudo que a própria mídia apresenta sobre ele, já me convenci disso. Com perguntas sem respostas, ele considerava não ser desse mundo, dessa confusão e desse desrespeito.

Resta a sensação de que nasci na época errada porque, infelizmente, não pude ver a melhor banda brasileira em ação. Eles conseguiram atravessar gerações, vencer o tempo e levar o que pensavam e sentiam a muita gente. Com letras atemporais, tudo que eles disseram naquela época ainda faz total sentido.

Renato é meu herói. Um herói de verdade. Ele não tinha poderes especiais, não subia em paredes para salvar mocinhas, não. Era MUITO mais que isso.
Meu herói sofria com todos os problemas enfrentados pelo Brasil.
Meu herói era alcoólatra, oscilava entre momentos bons e momentos horríveis. Meu herói era um romântico declarado, homossexual e morreu de AIDS.
Meu herói era autor de letras de músicas incríveis que tocavam e continuam tocando pessoas no mundo todo. Meu herói conseguia, com excelência, traduzir em palavras todos aqueles sentimentos que não desapareceram com o tempo, e mais, consegue através dessas músicas, fazer com que as pessoas sintam o mesmo que ele sentia.
Meu herói era um gênio, simples, sensível e altruísta. E quem eu lamento muito não ter conhecido.
Afinal, seu corpo se foi há 15 anos, mas suas ideologias, seus sentimentos e as causas pelas quais ele lutava ainda continuam vivas. Pelo menos em mim.