domingo, 25 de setembro de 2011

Os doces ventos frios.

São esses ventos frios em tempos de verão que passam e desorganizam meus pensamentos. Levanta-os e os fazem levitar numa suave dança sem destino. São eles, os ventos, que me fazem não saber o quê dizer e qual deve ser o pensamento de determinada situação. E eu não sei como evitar, não sei como parar. 
Há horas em que tudo que se deve fazer é esquecer. Esquecer de todos esses pensamentos que os ventos puseram em grande confusão.
Esse verão que chega pedindo licença a adoráveis temperaturas baixas. Chega devagar e trazendo uma vontade de... O que é mesmo que devo dizer? Ah! Os doces ventos frios me confundiram de novo.
Não sei o que fazer, qual caminho seguir. Não é medo de errar, é medo de magoar. Isso não. Isso os doces ventos frios não são capazes de fazer passar. Nem o verão. Bem, talvez o verão. Com esse ar de renovação, um sol que, como nunca, se faz presente. Isso sim, não confunde os pensamentos.
Então talvez eu deva esperar os ventos frios passarem. O verão se acomodar. E, ai sim, meus pensamentos têm alguma chance de pararem de dançar e voltarem para o devido lugar.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Lost on the Road

Hoje eu me perdi numa estrada que conheço muito bem. Estrada do que eu sou e do que eu poderia ter sido, estrada do que eu sou e da ideia que os outros fazem de mim. Mas o que é isso? Qual será  a verdade? Qual de mim é a verdadeira eu? Sou tudo isso e muito mais? Não sei... E, sinceramente, tenho medo de descobrir. Medo de ir a fundo e encontrar o meu limite. Talvez o medo seja de este não mais existir. Tenho mudado tanto desde que me conheci...


Saudade das pessoas que guardam ainda um pouco do que eu fui e do que nunca mais serei. Eu também ainda guardo um pouco do que elas foram comigo. Passado, Presente e Futuro. Talvez eu nunca consiga entender essa linha imaginaria chamada tempo que separa os três.

Meu corpo não guarda lembranças, meu corpo é a lembrança viva de tudo que eu vivi, de tudo que vi e fiz. As coisas e pessoas que eu perdi nessa estrada, as coisas e pessoas que eu achei nessa estrada. A minha estrada. Lugar que conheço tão bem, mas que sempre me perco quando volto nele.
Deveria mesmo pensar nessas coisas ou simplesmente viver sem tantos "detalhes"? Não sei...
Talvez eu volte tantas vezes à essa estrada pra descobrir o verdadeiro sentido de tudo isso, da minha existência, de quem eu sou.

Muito prazer, eu sou... alguém em eterna transição pairando sob a lua, perdida numa estrada cheia de caminhos obscuros, mas cheios de emoção!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Cilada sem Saída

Difícil enxergar algum caminho nesse emaranhado de pensamentos e sentimentos. Difícil entender qual a hipótese mais plausível e a quem apoiar. É muito difícil se decidir, decidir a quem escutar e como descobrir tudo aquilo que existe. E por falar nisso, existe muita coisa. E como descobrir todas elas? 
É um passado que se constrói aos poucos e um presente estruturado naquilo que ficou para trás. Isso é a construção da personalidade. Os jogos, as manipulações e tudo aquilo que se faz sem saber, inconscientemente.
O medo fundamental, o desejo fundamental. O objeto no qual a mente se baseia para articular.
Disputa de várias faces de uma mesma pessoa.
Cilada criada por conta própria, meio de suprir necessidades vitais: ordem, carência, sucesso, identidade, sabedoria, segurança, prazer, independência e paz.
Quem é você? Descubra-se sob os medos e os desejos, a fúria, o pecado. 
Cilada convenientemente criada por você e só terá saída se tiver ajuda.