terça-feira, 29 de março de 2011

Estão inflando nosso ego com ar para tampar e ocupar os buracos de nossa alma...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Marionete

Hoje é mais fácil lutar sozinho. Pessoas a todo momento travam guerras contra as outras, quando na verdade, o inimigo está dentro delas mesmas. Isso não leva a lugar nenhum. Só há melhora quando há uma mudança interior, guerra contra os próprios demônios. Esses sim são extremamente poderosos.

As paredes do quarto nos bastam hoje. Não se conta com mais ninguém. Não se confia em mais ninguém. Mais cedo ou mais tarde o "amigo" nos trairá e nos abandonará. Também, é melhor assim.É esse tal amigo que vai receber a culpa quando tudo der errado, quendo tudo desmoronar. É mais fácil lidar com as paredes do quarto. É fácil convencê-las que sempre estamos certos, elas nos entende como ninguém! Ah, as paredes do meu quarto!

Uma bela maquiagem, umas compras e tudo bem! A alma está lavada. É tudo que precisamos para nos sentir bem. Como é ótimo vestir uma roupa que cai bem. Ainda somos bonitos e estamos em forma. Os problemas ainda têm solução! Doce ilusão...

Se o objetivo era construir marionetes fracas, sem identidade e sem capacidade de pensar, o objetivo foi atingido com sucesso!

Estão lhe roubando o direito de pensar e você não faz nada?
Ditam onde você de ir, escolhem as suas compainhas e você aceita tudo isso com um inocente sorriso no rosto.  
É bom ter contato com pessoas famosas....
E quanto mais eles falam, mais eu acredito...


"Se pudéssemos guerrear com nossos próprios demônios, seria fácil mudar o mundo mesquinho em que vivemos..."

Além de alimentar os nossos queridos demônios, ainda guerreamos com outras pessoas, evitando o aperto de mão de um possível aliado...

Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz,
Coragem, coragem, que eu sei que você pode mais! (Raul Seixas - Por quem os sinos dobram)

Boneca de cera

Vestígios de quem eu fui um dia enterrados em  caixas contendo cartas que revelam o passado.
Em cada letra, em cada palavra, a lembrança de "Nós" que não existe mais... O que nos unia se desfez de uma forma tão indolor que nem pude perceber que íamos nos afastando um do outro. Quando dei por mim, aquele jovem casal não mais existia. Era eu, uma garota que se congelava com o frio vindo do próprio coração... um inverno que você trouxe. Você, um cara que tinha o brilho dos olhos ofuscado. Mesmo que ainda restasse algum tipo de sentimento entre nós dois, com certeza não era o suficiente para nos manter juntos. Fato. Na vida, nem sempre as coisas acontecem como o planejado. Independente de qualquer coisa, a nossa lembrança permanecerá para sempre em mim. A pessoa que eu fui com você, tudo que eu fiz e senti, ninguém poderá me dar de volta. Aquela pessoa que eu fui no passado vai ser para sempre sua. Única e exclusivamente sua.
 Novas pessoas, novos caminhos. Jamais esquecerei o seu gosto. Mas como tudo nesse mundo muda, eu mudei e o gosto que desejo sentir agora não é  mais o seu.

Em mim você é eterno.


Adeus.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Romeu

Esqueci minha boca no teu corpo
Pensei que isso te faria meu
Usei de artifícios, gastei Meus truques
Depois, quem escapou fui eu

Não pense que eu não desejei
Não diga que eu não quis
é só que eu me assustei
Ao me ver tão feliz

Colei os meus olhos no teu mundo
Guardei cada passo teu
Mas eu, julieta, presa nesse pacto
Você, o meu romeu

Entenda esse lado bom
Nem tudo é aflição
Ficamos com o sonho
Ao invés da punição

Não pense que eu não desejei
Não diga que eu não quis
É só que eu me apavorei
Ao me ver tão feliz


Pitty e Martin - Agridoce

quinta-feira, 17 de março de 2011

Des-Construindo Amélia

Já é visível onde ela se perdera da sua identidade. Perdeu numa dessas esquinas da vida, conversando com alguns amigos e em conflito consigo mesma. Se não fossem nessas circunstâncias, teria sido em outras, por outros motivos. Essa perda foi fundamental. Aquela velha identidade perdida talvez não fosse a verdadeira. 
Neste momento caía por terra todo e qualquer conceito que ela contruíra com tanto esforço. As definições de certo e errado desapareceram de seua mente. Agia apenas com a emoção. Era sua essência.Culpada ou inocente? Tanto faz. Na vida, em algum momento, todos são réus e sem culpa.
Apenas algum tempo depois foi percebendo que ela própria se destruiu e não estava se reconstruindo, estava apenas lambendo seus cacos. O que faria agora? Nem ela, nem ninguém sabia. Estava vivendo naquela angústia, a procura de uma identidade velha e perdida que, por algum motivo, ela julgava ser a verdadeira. Estava enganada.
Foi cavando e revirando as coisas dentro de si. Procurando retratos velhos que lhe mostrassem quem ela era. Em vão. Desesperada, procurava explicações. Estava sucumbindo pouco a pouco e lavndo consigo as suas relações. Estava tudo em destroços e agora ela procurava se reerguer.
Conheceu alguém que lhe falava dela mesma, coisas que ela não reconhecia conscientemente. De tanto procurar e pensar, foi descobrindo toda a verdade sobre si mesma. Descobriu que era impossível encontrar aquela identidade perdida. Até porque, aquela não era a verdadeira. Percebeu a imensidão que era. Aceitou seus defeitos. Tudo agora parecia mais claro, mas não era fácil saber de sua existência. Pouco a pouco reconstruía seus conceitos, ou até mesmo deixava que eles se construíssem sozinhos. 
Já era mais fácil se olhar no espelho e ver aquelas marcas deixadas por ela e por outros, em algum momento da vida.
Neste momento estava procurando algum cartório. Queria tirar, construir, ou qualquer que seja esta definição, outra IDENTIDADE.
Agora sim, via a vida com olhos verdadeiros, olhos vindos de sua essência. Olhos cansados de tanto chorar, mas dispostos a observar o grande espetáculo que a vida tem para mostrar. 

segunda-feira, 7 de março de 2011

E.T.

Quantas vezes eu me sinto um E.T. ....
Fazendo coisas que eu mesmo um dia achei idiotice.
Me prestando a papéis tolos.
As vezes acho que não sou desse mundo.
Preocupada demais com certas coisas e pouco me importando com outras.

Gritando a minha liberdade sem saber que só sou livre mesmo dentro de mim; trancada no meu ser.
Quem entende? Não importa... Eu costumo não entender.
Com minhas mudanças e minhas doideiras ninguém precisa se acostumar, mas também não vou me afastar. Momentos difíceis todos têm.
Não costumo discutir com os fatos. Só não aceito as coisas como elas são.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Teatro dos Vampiros

Sempre precisei
De um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto...
E nesses dias tão estranhos
Fica a poeira
Se escondendo pelos cantos
Esse é o nosso mundo
O que é demais
Nunca é o bastante
E a primeira vez
É sempre a última chance
Ninguém vê onde chegamos
Os assassinos estão livres
Nós não estamos...
Vamos sair!
Mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos
Estão procurando emprego...
Voltamos a viver
Como há dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas...
Vamos lá, tudo bem!
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal prá ir...
Já entregamos o alvo
E a artilharia
Comparamos nossas vidas
E esperamos que um dia
Nossas vidas
Possam se encontrar...
Quando me vi
Tendo de viver
Comigo apenas
E com o mundo
Você me veio
Como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito...
Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo
Eu, homem feito
Tive medo
E não consegui dormir...
Vamos sair!
Mas estamos sem dinheiro
Os meus amigos todos
Estão, procurando emprego...
Voltamos a viver
Como a dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas...
Vamos lá, tudo bem
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal prá ir...
Já entregamos o alvo
E a artilharia
Comparamos nossas vidas
E mesmo assim
Não tenho pena de ninguém...


Legião Urbana


Isso sim é riqueza!