Da janela de vidros fechados, um sol embaçado
Suspiros, gemidos e gritos;
A vida rotineira, o sentimento naufragado.
Já não se sente mais a euforia, alegria.
O sorriso há muito se foi
Atos foram perdidos, ninguém se atreveria...
Realidade esquecida, um outro mundo sobressai
Esquece-se da própria vida, cria, inventa e não vive
Refúgio tranquilizante que, como nunca, atrai
Estudos, pesquisas complexas, anos guardados
Empoeirados, mofados, escondem o perfume da vida,
Quando toda a verdade rica está em gestos, versos delicados
No perfume de uma flor, no formato da lua,
No caminho já traçado de uma gota de orvalho acariciando uma folha
Ai está a felicidade. Limpa. Sem segredos ou mistérios, nua e crua.
Felicidade que muitas vezes se perde nos labirintos do talvez
Mas que só pode ser achada no caminho do coração.
Uau! Perfeito isso. Caramba, me senti lendo um daqueles poemas árcades ou barrocos, lindoos, complexos, inteligentes, cheios de subsignificados. Mas é muito melhor que aqueles versos dos séculos passados, que são super bonitos mas que a gente entende pouco; seu poema é mais o que inteligível: eu me senti presa a cada palavra, e infelizmente, trancada dentro da gaiola...
ResponderExcluirMenina, você é abençoada. Profundo, complexo, bem escrito. Você tem um dom.
ResponderExcluirCultive-o, e muito poderá ser feito através de ti.
saudades.